Se existe elemento no nosso vestuário com o qual nunca nos indagámos acerca da sua origem, e principalmente da sua função, talvez pelo facto de ter estado sempre anexado, colado ou cozido às peças que nos cobrem a parte superior do corpo, esse elemento é a Gola.
Pois é, se bem me lembro, desde que nasci que as golas sempre fizeram parte do meu vestuário, principalmente quando era uma pequena amostra de gente e a maior parte do meu guarda-roupa, e das pequenas iguais a mim, era composto por vestidos de roda, cada um com a sua respectiva gola, elemento indispensável ao remate de um bom vestido "menineiro".
Pois este simples elemento ao qual estamos habituados e com o qual raramente nos preocupamos é na verdade uma peça histórica, que, ao longo dos séculos, passou por uma evolução que me parece interessante partilhar.
Para não começar toda uma dissertação cronológica acerca da gola vou começar nos séculos XVI/XVII, séculos que penso ainda serem familiares, em termos históricos obviamente, para todos nós.
Naquele tempo a gola, ou rufo, eram muito populares, sendo não só sinónimo de estatuto social, como também de limpeza, sim, sinónimo de limpeza, e porquê perguntamos nós? Pois na altura os banhos eram de facto raros e só para alguns, e mesmo para esses alguns eram raros.
Então o que faziam estas pessoas para poupar as suas vestes de inglórias nódoas? Colocavam uma gola de tamanho suficiente em torno do pescoço para abarcar qualquer migalha atrevida que lhes pudesse arruinar a roupa. Esta gola era então mudada diariamente, ou cada vez que se manchava, permanecendo na maior parte das vezes branca e imaculada para que, aos olhos da sociedade o estatuto de quem as usasse permanecesse também ele intocável.
A famosa Rainha Elisabeth I era conhecida não só pelos seus skills de governadora, como também pela sua constante actualização na moda. Foi ela que imortalizou o colarinho bufante mais conhecido como rufo.
Então o que faziam estas pessoas para poupar as suas vestes de inglórias nódoas? Colocavam uma gola de tamanho suficiente em torno do pescoço para abarcar qualquer migalha atrevida que lhes pudesse arruinar a roupa. Esta gola era então mudada diariamente, ou cada vez que se manchava, permanecendo na maior parte das vezes branca e imaculada para que, aos olhos da sociedade o estatuto de quem as usasse permanecesse também ele intocável.
A famosa Rainha Elisabeth I era conhecida não só pelos seus skills de governadora, como também pela sua constante actualização na moda. Foi ela que imortalizou o colarinho bufante mais conhecido como rufo.
Kate Blanchet as Queen Elisabeth I |
Queen Elisabeth - picture of herself |
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