Quando me refiro a pobreza, não é de todo à pobreza de espírito, até porque a essa devemos todos virar as costas. Quando me refiro a pobreza, e porque todos os que lêm o que para aqui rabisco sabem bem o gozo que me dá brincar com as palavras, não me refiro ao viver com uma mão à frente e outra atrás (como o bom português o diz), mas sim à pobreza no bom sentido!
Ora vamos lá ver se desta vez me consigo explicar...uso esta palavra, esta condição de ser pobre, não só para ser mais drástica, e porque pobre ao lado de chic torna-se de facto desafiante, mas também para tentar decifrar a quantidade de riqueza que precisamos para sermos felizes. Será assim tanta? Não sei. Cada um tem as suas metas e as suas exigências e concerteza que não me vou estar a perder por entre os meandros do que cada um precisa para se sentir completo!
A meta aqui é fazer ver a quem tinha e já não tem que o Mundo não acabou, e refiro-me a posses materiais supérfluas, não aos bens de primeira necessidade, por isso peço por favor que não me interpretem mal.
Dadas as circunstâncias económicas em que alguns países se encontram, jornalísticamente falando, em que a nossa Nação parece estar algures no top down 3 da Europa, a vida de algumas pessoas, para não dizer quase todas, tornou-se aos seus olhos mais complicada. Os almoços fora durante a semana já começam a parecer um luxo; o jantar ao sábado naquele sushi maravilhoso parece que derepente dobrou o preço; os saldos de 50% e 70% nunca mais desabrocham (até esses parecem caros), e toda a panóplia de luxúrias às quais nos dava na real gana adquirir, passaram a ser pensadas e repensadas várias vezes antes de lhes pormos a mão em cima.
Todos os dias me entram pelos ouvidos e pelos olhos a dentro palavras repetidas. Crise; poupança; dinheiro; barato; caro; poupançaoutra vez...já para não falar da Troika, da TSU, do IRS, do IMI, Vítor Gaspar e de toda a quantidade de contribuições que nos arrancam anualmente como se de pêlos se tratassem.
Tantas palavras que deixam de ter significado de tanto serem desgastadas, remuídas, ruminadas!!!
Eu proponho aqui uma palavra já velhinha mas que já traz alguma saudade.
Frugal.
Para quem não sabe o que significa, esta palavra caída em desuso no tempo das vacas gordas, parece-me agora de uma utilidade nunca antes vislumbrada. Ser simples e sóbrio é, sem sombra de dúvida, um novo modo de estar na vida! Deveria ter sido sempre, ou não fosse o nosso amigo Crédito dar cabo dela, mas, agora que o cinto aperta, porque não sermos frugais? Porque não vivermos simples e sobreamente?
Não temos dinheiro para tirar um curso de photoshop: porque não ser auto-didacta?
Não temos dinheiro para comprar um livro: a Internet tem tudo!
Não temos dinheiro para ir ao cinema: mais uma vez a internet tem tudo! E ainda hoje ouvi dizer que em Portugal é legal ser pirata!!
Não temos possibilidades de comprar aquelas calças com tachas; aquele colar neon com correntes; aquela t-shirt toda cortada às franjinhas ou aquela clutch com padrão tropa super trendy...o DIY está na moda! Porque não fazermos nós mesmos?? E para além disso todas estas bugigangas vão deixar de ser hipster num ápice!
Não há meio de arranjar uns trocos para comprar aquela cadeira vintage que ficava mesmo bem na minha sala: porque não vasculharmos a garagem dos nossos avós ou dos nossos tios? Ou até conseguir um "granda" necócio em segunda mão? Com sorte ainda levamos uma original ao invés de comprar uma imitação a fingir-se de antigo.
Não tenho dinheiro para apanhar o táxi: A bicicleta é um meio de transporte secular e que também pode substituir os 95€ mensais do livre-trânsito do ginásio!
Não tenho dinheiro para almoçar fora: já dizia o meu amigo António " Levamos a comida de casa, num saco de pano reutilizável e vamos almoçar para os Jardins de Belém. Se nos fartarmos fechamos os olhos e imaginamos que estamos no Central Park, qual Carrie Bradshaw, a saborear a nossa saladinha de bacalhau com grão e coentros!"
Com um bocadinho de imaginação podemos ter tudo o que quisermos, ou não fôssemos nós portugueses! Falo nas pequenas coisas, nos little small details das nossas vidinhas, porque no substrato, na nossa essência, aí, espero com todo o meu coração que sejamos ricos, grandes, ENORMES! Que esbanjemos Amor e não poupemos em fazer os outros felizes!
Isto é ser frugal, simples e sóbrio!
Isto é ser Feliz!
Sejam Felizes!
Idiota
Todos os dias me entram pelos ouvidos e pelos olhos a dentro palavras repetidas. Crise; poupança; dinheiro; barato; caro; poupança
Tantas palavras que deixam de ter significado de tanto serem desgastadas, remuídas, ruminadas!!!
Eu proponho aqui uma palavra já velhinha mas que já traz alguma saudade.
Frugal.
Para quem não sabe o que significa, esta palavra caída em desuso no tempo das vacas gordas, parece-me agora de uma utilidade nunca antes vislumbrada. Ser simples e sóbrio é, sem sombra de dúvida, um novo modo de estar na vida! Deveria ter sido sempre, ou não fosse o nosso amigo Crédito dar cabo dela, mas, agora que o cinto aperta, porque não sermos frugais? Porque não vivermos simples e sobreamente?
Não temos dinheiro para tirar um curso de photoshop: porque não ser auto-didacta?
Não temos dinheiro para comprar um livro: a Internet tem tudo!
Não temos dinheiro para ir ao cinema: mais uma vez a internet tem tudo! E ainda hoje ouvi dizer que em Portugal é legal ser pirata!!
Não temos possibilidades de comprar aquelas calças com tachas; aquele colar neon com correntes; aquela t-shirt toda cortada às franjinhas ou aquela clutch com padrão tropa super trendy...o DIY está na moda! Porque não fazermos nós mesmos?? E para além disso todas estas bugigangas vão deixar de ser hipster num ápice!
Não há meio de arranjar uns trocos para comprar aquela cadeira vintage que ficava mesmo bem na minha sala: porque não vasculharmos a garagem dos nossos avós ou dos nossos tios? Ou até conseguir um "granda" necócio em segunda mão? Com sorte ainda levamos uma original ao invés de comprar uma imitação a fingir-se de antigo.
Não tenho dinheiro para apanhar o táxi: A bicicleta é um meio de transporte secular e que também pode substituir os 95€ mensais do livre-trânsito do ginásio!
Não tenho dinheiro para almoçar fora: já dizia o meu amigo António " Levamos a comida de casa, num saco de pano reutilizável e vamos almoçar para os Jardins de Belém. Se nos fartarmos fechamos os olhos e imaginamos que estamos no Central Park, qual Carrie Bradshaw, a saborear a nossa saladinha de bacalhau com grão e coentros!"
Com um bocadinho de imaginação podemos ter tudo o que quisermos, ou não fôssemos nós portugueses! Falo nas pequenas coisas, nos little small details das nossas vidinhas, porque no substrato, na nossa essência, aí, espero com todo o meu coração que sejamos ricos, grandes, ENORMES! Que esbanjemos Amor e não poupemos em fazer os outros felizes!
Isto é ser frugal, simples e sóbrio!
Isto é ser Feliz!
Sejam Felizes!
Idiota
